
Queremos filhos corajosos, autônomos e seguros de si. Mas você já parou para pensar em como essas habilidades são construídas?
Sim, existe a característica genética, mas, hoje sabemos da influência dos fatores ambientais para o desenvolvimento infantil como um todo. E aqui, falo também do desenvolvimento de fala e linguagem.
Bebês são por natureza exploradores, curiosos. E, quando tudo vai bem, querem interagir com o mundo e com as pessoas ao seu redor. No entanto, para que eles sustentem e mantenham essa curiosidade nata e possam se dedicar a isso, precisam de um ambiente seguro. Precisam de cuidadores atentos e responsivos que os mantenham confortáveis e satisfaçam suas necessidades biológicas e afetivas.
Pesquisas mostram que, bebês cujos pais são menos responsivos, apresentam alterações na região do hipocampo - que está relacionada ao gerenciamento das emoções e do estresse. Quando ele precisa gerenciar seu próprio sofrimento, pode acabar tendo o seu tempo de exploração reduzido, uma vez que está se ocupando em garantir seu próprio conforto, impactando no seu conhecimento de mundo e algumas vezes até no seu desejo por interagir.
Quando crescem um pouquinho e passam a se colocar em situações que oferecem certo risco, nosso desejo por mante-los seguros, pode impedi-los de continuarem explorando o ambiente.
O que eu quero dizer aqui é que, quando o cuidador é atento e responsivo, o bebê aprende que o mundo é um lugar seguro e ele pode explora lo. E conforme esse bebê vai crescendo e aos poucos se expondo a riscos, experimentando seus limites, como diz Fábio Raimo no vídeo: “o mundo é algo a ser descoberto, não é uma coisa assustadora.”
Nosso papel neste momento é o de assistir - no sentido de dar assistência - confiar, e encoraja los a seguir. Essa exploração ativa impulsiona o desenvolvimento da linguagem, pois, cada descoberta gera novas palavras, novos conceitos e formas de se comunicar.
Mais do que trazer informações, meu desejo é inspirar a colocarmos em prática - o máximo possível!
Thais Tiano
♥️
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